quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meu passarinho

Meu passarinho  (cantiga infantil)

Meu passarinho
Meu beija-fulô
Daí-me novas
De meu lindo amor } bis

Minha gente quer que eu diga
Seu Alceu, ele quem é
É um cravo com a rosa
No altar de São José

Fonte: Araújo, Alceu Maynard; Aricó Júnior. Cem melodias folclóricas; documentário musical nordestino (São Paulo, Ricordi, 1957, doc.45),

Meu papagaio

Meu papagaio -  (cantiga infantil) LP Edelson Moura -1985

Refrão:

Meu papagaio das asas douradas
Quem tem namorado brinca, meu papagaio
Quem tem fica sem nada, meu papagaio

Quem me dera, dera, dera, meu papagaio
Quem me dera pra mim só, meu papagaio
Me deitar na sua cama, meu papagaio
Me cobrir com seu lençol, meu papagaio

Quem tiver raiva de mim, meu papagaio
Quem não puder se vingar, meu papagaio
Bote os dentes na parede, meu papagaio
Coma barro até inchar, meu papagaio

Fonte: Araújo, Alceu Maynard; Aricó Júnior. Cem melodias folclóricas; documentário musical nordestino (São Paulo, Ricordi, 1957, doc.06)

Meu azulão

Meu azulão  (cantiga infantil)

Meu azulão, oi, paro aro aro
Avoador, oi, paro aro aro
Entrou na roda, oi, paro aro aro
Ai, meu amor, oi, paro aro aro


Eu queria ser papel
Pra voar de avião
Para ver o meu benzinho
No Colégio Diocesano


Atirei o limão verde
No fundo de uma bacia
Deu no cravo, deu na rosa
Deu na moça que eu queria

Fonte: Araújo, Alceu Maynard; Aricó Júnior. Cem melodias folclóricas; documentário musical nordestino (São Paulo, Ricordi, 1957, doc.07).

Mestre Domingues

Mestre Domingues - (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil


Mestre Domingues } bis
E o senhor, que mais levou? } bis

Eu levei uma calça velha
Que minha sinhá fretou
Quando eu cheguei lá no baile
A calça velha se rasgou

Informante: Emília Melo. Natal, RN, 25 de dezembro de 1947.

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Mestre André

Mestre André  (cantiga infantil) - CD  Canções Infantis 1996

Fui na loja do Mestre André
e comprei um pianinho
Plim, plim, plim, um pianinho

Ai olé, ai olé
Fui na loja do Mestre André
Fui na loja do Mestre André
E comprei um violão
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Ui na loja do Mestre André
E comprei uma flautinha
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Fui na loja do Mestre André
E comprei uma corneta
Tá, tá, tá, uma corneta
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Fui na loja do Mestre André
E comprei uma sanfoninha
Fom, fom, fom, uma sanfoninha
Tá, tá, tá, uma corneta
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Lagarta pintada

Lagarta pintada (cantiga infantil) - CD Chant des enfants du Monde, vol. 15 : Le Brésil

É uma roda de crianças, cada qual pegada na orelha da outra, cantando e dançando:

Lagarta pintada / Quem foi que te pintou
Foi uma velha / Que passou por aqui
A saia da velha / Fazia poeira
Puxa lagarta / No pé da orelha

Quando as meninas dizem - Puxa lagarta no pé da orelha - puxam realmente com força na orelha das outras (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 17 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Outras versões:

Lagarta pintada quem foi que te pintou?
foi uma menina que aqui passou
por dentro das areias levanta poeira
pega esta menina pela ponta da orelha.

Lagarta pintada quem foi que te pintou?
Foi a velha cachimbeira por aqui passou.
No tempo da areia fazia poeira, Puxa
Lagarta nessa orelha... Orelha, orelha!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

La condessa

La Condessa (cantiga infantil) - CD Brincadeiras de Roda, Estórias e Canções de Ninar - 2003

Nesta cantiga de roda aparecem vários personagens: A mãe, com a filha mais moça no colo, e as restantes ficam umas de um lado e de outro, e dois cavalheiros. Então, chegam os cavalheiros e cantam:

La condessa, la condessa,
Língua de França, lei de lanceta

A mãe responde:

O que quereis, qual a condessa,
Que por ela perguntais?

Os cavalheiros:

Mandou dizer rei meu senhor,
Que das filhas que ela tem,
Lhe mandasse a mais moça,
Para eu casar com ela

A mãe:

Eu não dou as minhas filhas
No estado em que elas estão;
Nem por ouro, nem por prata,
Nem por sangue de Aragão

Os cavalheiros:

Tão alegres que viemos
E tão tristes que voltemos,
Que a filha de la condessa
Nós daqui não a levemos

A mãe:

Volta cá, bom cavalheiro
Para ser homem de bem
Escolhei neste convento
Aquela que vos convém

Os cavalheiros:

Esta quero, esta não quero
Esta come o pão da ceia
Esta carne do espeto
Esta o vinho da galheta

A mãe:

Vós levais a minha filha
Veijai o trato que lhe dão
O pão que o rei comer
O vinho que o rei beber
Ela também beberá

O cavalheiro leva então a menina escolhida, que senta a uma certa distância, e canta novamente com ele:

Assentai-vos aí menina
A coser e a bordar;
Que do Céu te há de vir
Uma agulha e um dedal

Quando eu for ao Maranhão
Hei de trazer-te um bom cordão
Se não for de ouro fino
Há de ser de um bom latão

Para trazer as outras meninas, o cavalheiro repete todos os versos e a que faz de mãe repete igualmente os seus. A última criança, que está no colo, é arrancada à força dos braços da mãe (Informante: Emília Melo. Natal, RN, 14 de abril de 1947).




Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

A cobra

A cobra (cantiga infantil) - CD Amarelinha

A cobra não tem pé, a cobra não tem mão
como é que a cobra sobe no pezinho de limão?
como é que a cobra sobe no pezinho de limão?

A cobra vai subindo, vai, vai, vai
Vai se enrrolando, vai, vai, vai

A cobra não tem pé, a cobra não tem mão
Como é que a cobra desce do pezinho de limão?
Como é que a cobra desce do pezinho de limão?

A cobra vai descendo, vai, vai, vai
Vai desenrrolando, vai, vai, vai


A formiga

A Formiga (infantil) - Paulo Soledade/Vinícius de Moraes - LP A Arca de Noé 2 - 1981

As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina

A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar

O bico de pão, o corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte